O uso de fotos na pintura de paisagens

Pintar paisagens a partir de fotos não constitui nenhum demérito. Muitos pintores consagrados – entre os quais o impressionista Edgar Degas – aproveitaram a ajuda inestimável proporcionada pelas fotos, com seu acurado registro de informações visuais, que podem, mais tarde, ser observadas e estudadas à vontade.

Obviamente não faz muito sentido passar para atela uma simples cópia da foto: o que interessa é fazer uma pintura que reorganize os elementos da foto com uma intenção artística, criativa.

Composição da pintura

Comece por uma avaliação dos elementos da foto, para decidir o que você pode mudar. Uma boa sugestão é imaginar como você gostaria que a cena ficasse e orientar as mudanças a partir disso.

Por exemplo, se o fundo parece rude demais, você pode torná-lo mais suave, ou então criar padrões tonais mais interessantes, acrescentando, por exemplo, um jogo de luz filtrada através das árvores.

Não tenha receio de suprimir, modificar ou acrescentar elementos a fim de melhorar o apelo visual de sua pintura: alterando o ângulo de um rio, a inclinação de uma margem, ou a linha de uma cadeia de montanhas.

Você pode criar uma composição mais satisfatória sem mudar a atmosfera da cena. A introdução de figuras humanas é outro recurso útil para dar mais vida a uma paisagem –  e você pode usar outras fotos que contenham pessoas como referência.

O céu de uma pintura dá bastante margem a alterações criativas. Se em sua foto a cor do céu é totalmente uniforme, sem padrões distintos de cor, não convém copiá-lo simplesmente.

Vale mais a pena inventar um céu adequado para as condições de tempo de sua paisagem, lembrando-se de ajustar os padrões de sombra no chão.

Controle dos tons

Na hora de aplicar as cores, talvez sua maior dificuldade seja definir os tons: as fotografias tendem a “perder” as gradações sutis de tom tanto nas áreas iluminadas como nas sombreadas.

Isso ocorre principalmente quando a foto é tirada em condições de forte iluminação – nesse caso, há o risco de pintar as sombras escuras demais e as partes iluminadas descoradas, comprometendo o equilíbrio geral da pintura.

Supere este problema tirando uma série de fotos, com exposições diferentes, da mesma cena. Numa foto superexposta, as partes iluminadas parecem descoradas, mas as sombras exibem maior número de detalhes. Numa foto subexposta, são as sombras que parecem escuras, vazias, enquanto as áreas iluminadas mostram-se mais nítidas.

Evite tirar fotos ao meio-dia, quando o contraste entre claro e escuro é mais acentuado. A melhor hora para conseguir fotos com boa exposição é no meio da manhã ou no fim da tarde.

Se você encontrar problemas com uma foto que não tem detalhes nas sombras nem nas áreas iluminadas, não se preocupe: complete essas áreas vazias usando a imaginação.

Procure na pintura indicações do que poderia estar lá ou tente lembrar-se do que viu na cena ao fotografá-la. Mas tenha o cuidado de manter o equilíbrio tonal geral.

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