Nem sempre é fácil para os artistas encontrarem sucesso mundial enquanto vivos, mas esses cinco artistas homens e cinco mulheres são exceção a essa regra. Descubra agora quem são os 10 Artistas Vivos Mais Caros do Mundo, nesta lista atualizada (2023)!
Quando um recorde de preço abala o mundo dos leilões, na maioria dos casos é obra de um artista morto há muito tempo. Independentemente da disparidade de gênero, as razões são diferentes e todas razoáveis. Em suma, o mercado (e o público) precisa de tempo para digerir o “corpus” de um artista em seu ecossistema, muitos dos quais muitas vezes correm o risco de receber a coroa de louros apenas após sua morte.
Felizmente, porém, há algumas exceções, e um nicho de artistas faz sucesso, embora geralmente na última fase de suas carreiras. Descobrimos quem eles são com o apoio do banco de preços gratuito Barnebys.
Artistas masculinos
5. Jasper Johns, Small False Start
A pintura em forma de colagem do artista americano Neo-Dada Jasper Johns, de 1960, Small False Start, foi vendida por US$ 55,3 milhões em 2022 na Christie’s durante a venda da coleção de bilionária de Paul Allen, tornando Johns o segundo artista americano vivo mais caro do mundo. O trabalho recorde é emblemático das ousadas obras de arte pop de Johns que combinam cores vivas, texto em estêncil, abstração e um amálgama de materiais.
4. Sacha Jafri, The Journey of Humanity
A Jornada da Humanidade, a maior tela do mundo conhecida até hoje, foi arrematada por quase US$ 62 milhões durante um leilão beneficente em Dubai em 22 de março de 2021. Feita pelo artista britânico Sacha Jafri, consiste em 70 painéis e mede mais de 17.000 pés quadrados , o equivalente a quatro quadras de basquete da NBA.
Foi criada no salão de baile de um hotel em Dubai onde o artista estava hospedado antes de o governo impor restrições relacionadas ao COVID-19. Preso no hotel, Jafri transformou o espaço em uma gigantesca oficina por mais de sete meses. A Jornada da Humanidade foi criada para arrecadar fundos para crianças afetadas pela pandemia.
Jafri pretendia vender os painéis separadamente na esperança de ganhar US$ 30 milhões, mas o empresário André Abdoune, de Dubai, interveio, oferecendo mais do que o dobro para comprá-los todos em um leilão beneficente.
3. Beeple, EVERYDAYS: THE FIRST 5000 DAYS
Em maio de 2007, o artista digital conhecido como Beeple começou a criar e postar uma nova obra de arte online todos os dias. Beeple conseguiu esse feito, criando uma nova imagem digital a cada dia durante 5.000 dias seguidos. Individualmente conhecidas como EVERYDAYS, coletivamente, as peças formam o núcleo de EVERYDAYS: THE FIRST 5000 DAYS, um dos corpos de trabalho mais exclusivos a surgir na história da arte digital.
Em 11 de março de 2021, vários recordes foram alcançados quando a obra foi vendida por US$ 69,3 milhões na Christie’s: tornou-se a obra de arte digital mais cara já vendida, o terceiro maior preço pago por uma obra de um artista vivo, o maior preço de qualquer lote em qualquer leilão somente online, o preço mais alto para qualquer lance vencedor feito online e o total mais alto para qualquer leilão somente online.
2. David Hockney, Portrait of an Artist (Pool with Two Figures)
Antes da venda de Rabbit, de Jeff Koons, em 2019, o leilão noturno da Christie’s Post-war and Contemporary Art em 15 de novembro de 2018, deu origem à pintura mais cara de um artista vivo. Após meses de tensão e expectativas, David Hockney foi premiado com este recorde com seu icônico Retrato de um Artista (Piscina com Duas Figuras), que, após uma intensa batalha, foi comprado pelo novo proprietário por impressionantes US$ 90,3 milhões.
1. Jeff Koons, Rabbit
Esta estátua de aço inoxidável fez história quando foi vendida pela Christie’s em 2019 por US$ 91 milhões. O preço realizado foi mais de 80% acima da estimativa de US$ 50-70 milhões e a batalha de lances levou mais de dez minutos. Segundo a Christie’s, esta é a última das três esculturas do Coelho ainda em mãos particulares e alguns colecionadores a consideram o ‘santo graal’ das obras do artista. O criador, o americano Jeff Koons, cujas obras sempre geraram opiniões conflitantes e grandes polêmicas, é mais conhecido por suas esculturas que lembram figuras de balões.
Artistas femininos
5. Cindy Sherman, Untitled Film Stills 1977-1980
Apelidada de ‘a rainha da selfie’, Cindy Sherman é conhecida pelos autorretratos que ironicamente retratam todas as ‘máscaras’ e personagens que a artista inventa para refletir os medos e obsessões da sociedade ocidental, como em Untitled Film Stills 1977-1980. As fotos desta série foram vendidas como um lote pela Christie’s durante a mesma venda em que o White nº 28, de Yaoi Kusama (anteriormente o número 3 nesta lista) foi vendido. As fotografias de Sherman renderam $ 6,7 milhões.
4. Cecily Brown, Suddenly Last Summer
A artista britânica Cecily Brown entrou na lista dos artistas vivos mais caros quando sua obra-prima abstrata De repente no verão passado foi vendida por US$ 6,77 milhões na Sotheby’s em 2018. Mais do que dobrando sua estimativa, a pintura de Brown se inspira no movimento expressionista abstrato em um caleidoscópio de figuras distorcidas e um fusão de tonalidades de cores.
3. Yayoi Kusama, Pumpkin (LPASG)
Yayoi Kusama é uma artista japonesa mais conhecida do grande público pelas bolinhas e abóboras que aparecem em suas obras. Ela também é conhecida por viver e trabalhar, por vontade própria, em um asilo. A entrada mais recente nesta lista é sua Abóbora (LPASG), que foi leiloada na Sotheby’s, em Hong Kong, em 1º de dezembro de 2021, por HK$ 62.540.000 (US$ 8 milhões). Com o preço alcançado, Kusama conseguiu defender seu terceiro lugar entre as artistas femininas vivas mais caras, que já havia conquistado com a obra White nº 28 de 1960 (aprox. US$ 7,1 milhões).
2. Cady Noland, Bluewald
O segundo lugar é ocupado pela artista conceitual Cady Noland. Bluewald (1989), uma serigrafia em alumínio, que foi vendida em 2011 pela Christie’s por US$ 9,8 milhões. A obra retrata Lee Harvey Oswald, o homem que se acredita ser o responsável pelo assassinato do presidente John F. Kennedy, pouco antes de ser perfurado por uma bala. A prática de Noland centra-se sobretudo na escultura e explora, em clara antítese do mito do “Sonho Americano”, aquilo a que chama “o Pesadelo Americano”.
1. Jenny Saville, Propped
Em novembro de 2018, a pintora britânica Jenny Saville entrou para a história do mundo da arte e do feminismo ao se tornar a artista feminina viva mais valiosa do mundo. Apoiada, óleo sobre tela, executada em 1992, foi vendido pela Sotheby’s em Londres por US$ 12,4 milhões. A pintura, um autorretrato que desafia os estereótipos da beleza feminina, pertence ao acervo de David Teiger, famoso patrono e diretor histórico do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), falecido em 2014.
