Pintura de paisagens com neblina

Pintar cenas com neblina é um desafio fascinante. É preciso grande poder de observação para recriar na tela, ou papel, toda a envolvente ambientação que a neblina confere a uma paisagem.

E, para conseguir bom resultado, você terá que empregar virtualmente todo seu repertório de pinceladas e de técnicas de mistura de cores.

Controle da cor na pintura

Em geral, a neblina e a névoa tendem a um cinza ou cinza-azulado frio, e fazem com que os objetos que são vistos através delas adquiram também cor fria.

A única exceção é o nascer ou o pôr do sol; em ambos esses casos, tanto a névoa como todos os objetos que estiverem de frente para a luz parecerão mais quentes.

A neblina também reduz o brilho das cores, portanto, você precisará suavizar suas misturas para chegar à intensidade certa. Se não tomar cuidado, poderá criar esquemas de cores pouco harmoniosos.

Uma precaução interessante para evitar problemas com cores, é limitar sua paleta a apenas três cores primárias, mais preto e branco (evite cores fortes, que podem comprometer o efeito suave que você procura).

Outra precaução útil é usar uma paleta bem apagada. E, no caso de cores vivas, como azul-ftalo, você pode atenuar sua intensidade acrescentando uma quantidade suficiente da cor complementar.

como pintar paisagens
Aquarela de José Mianutti

Ao clarear as cores, lembre-se também de suavizá-las. O melhor método de clarear cores para pintar uma cena com neblina é acrescentar branco. Mas se mesmo assim a tonalidade da mistura ficar muito intensa, adicione um toque da cor complementar.

Outra dica para conseguir um bom controle da cor é trabalhar sobre fundo colorido, que lhe permitirá julgar melhor o tom e a intensidade das diversas cores.

Uma cor de fundo bastante eficiente para cenas de neblina é o terra de sombra natural, diluído até ficar mais ou menos próximo da cor de casca de batata.

As gradações de cor

A neblina tende a fazer com que os escuros fiquem bem mais claros, mas praticamente não afeta o tom das cores claras.

Para conseguir o efeito certo, tenha sempre em mente a necessidade de reduzir a variedade tonal das suas misturas. Primeiro, decida se o tom que predominará em sua pintura será alto, baixo ou médio; depois, simplesmente procure manter as misturas dentro da gama escolhida.

Outro recurso útil é pintar as cores mais claras do que são na realidade, afim de ressaltar-lhes a suavidade. Comece por preparar seu escuro mais profundo e então clareie a mistura em cerca de vinte por cento.

Em seguida, clareie os outros tons proporcionalmente, com exceção dos claros, que, no máximo, poderão ser um pouquinho mais claros.

Procure conservar sempre as relações originais entre os tons, mantendo-os em harmonia. Lembre-se também de que as gradações tonais – ou seja, as diferenças entre um tom e outro – devem ser bem sutis.

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Aquarela e acrílica de José Mianutti

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