Durante muitos séculos, a tinta a óleo foi a técnica mais utilizada em pintura. A tinta a óleo é uma mistura de pigmento pulverizado e óleo de linhaça ou papoula. É uma massa espessa, da consistência da manteiga, e já vem pronta para o uso, embalada em tubos ou em pequenas latas.
Você pode adicionar óleo de linhaça ou terebintina e torná-la mais diluída e fácil de espalhar. O óleo acrescenta brilho à tinta; o solvente, ao contrário, tende a torná-la opaca. Com a prática, você saberá exatamente quanto de cada material deve adicionar para obter o efeito desejado.
A grande vantagem da pintura a óleo é a flexibilidade, pois com a secagem lenta da tinta o pintor tem maior possibilidade de alterar e corrigir seu trabalho.
A preferência de muitos artistas pelo óleo talvez se dê em virtude de sua textura, que transmite um prazer todo especial. O ritmo das pinceladas, o contato do pincel coa a tela e a formação das camadas de tinta proporcionam sensações muito agradáveis durante o trabalho. O óleo permite captar expressões e pequenos detalhes facilmente.
Como trabalhar com óleo
O maior prazer proporcionado pelo óleo é o modo como ele reage ao pincel e à espátula. Para cobrir a tela com pinceladas rápidas e ousadas, de textura rica, é só usar a tinta sem mistura.
Para os detalhes que exigem precisão, acrescente óleo de linhaça ou terebintina a fim de obter uma tinta mais cremosa e fluida.
Efeitos de textura: A secagem lenta da tinta a óleo pode ser explorada de forma positiva. Embora algumas cores sequem mais rápido do que outras, há tempo suficiente para criar efeitos especiais.
Você pode pintar espontaneamente, de maneira livre e direta, acrescentando mais tinta à pintura ainda molhada. Pode também trabalhar com tinta pura, praticamente esculpindo-a com a espátula, para obter uma textura vigorosa, chamada “impasto”.
Ou então pintar camada por camada, deixando-a secar uma a uma, sempre com a textura rica que só o óleo permite.
Como fazer correções: Se você não gostar de alguma parte da pintura, retire-a com a espátula. Em seguida, limpe a superfície com um trapo embebido em um solvente com a terebintina.
Mesmo que a pintura esteja completamente seca, é possível mudá-la, acrescentando algo, melhorando o que está feito, ou ainda pintando alguma coisa completamente diferente por cima.
A prática: A prática é a amiga da perfeição. Procure pintar com a maior frequência possível. O ideal é trabalhar quando houver calma e ambiente adequado à concentração.
Se você só puder pintar nos fins de semana, não se aflija. Desde que haja regularidade, será possível desenvolver um bom aprendizado. Foi esse o caso do famoso pintor Paul Gauguin. Ele só pintava nos fins de semana, mas, aos poucos, entusiasmou-se tanto que largou tudo e radicou-se no Taiti. Para pintar.
Material necessário
Apesar da diversidade de produtos e de preços, é possível comprar um bom material para pintura a óleo sem gastar demais.
Como escolher a tinta
Existem muitas marcas de tinta, cada uma com características próprias. Com relação à qualidade, há dois tipos: profissional e estudante. A tinta usada pelos profissionais tem cor mais intensa e viva, pois a densidade do pigmento é maior do que na tinta para estudantes.
A tinta destinada aos estudantes, em geral, vem com excesso de óleo ou misturada com outros materiais, como o giz, e seus pigmentos são de qualidade inferior. Por isso, ela custa menos.
Mas a tinta para estudantes é perfeitamente satisfatória. Talvez seja melhor investir numa variedade maior de cores do que em tintas de qualidade superior. É importante lembrar que os materiais não passam de simples instrumentos para que as pessoas possam expressar sua criatividade. Grandes artistas produziram quadros famosos usando apenas algumas cores e suas combinações.
Pincéis para tinta a óleo
Para começar, são suficientes três ou quatro pincéis de boa qualidade, chatos, redondos e ovais-chatos (ou filbert, pincéis chatos com as pontas ovaladas).
Os pincéis de cerdas, feitos com pelos de porco, são bem mais duros do que os de marta e absorvem maior quantidade de tinta. Por isso são melhores para espalhar a tinta em grandes áreas de tela. Para trabalhar os detalhes, o mais indicado é usar um pincel tipo marta, redondo.
Os pincéis de náilon também são aceitáveis, principalmente por sua resistência e facilidade de limpeza, se bem que, com o tempo, acabam se deformando.
Paleta para tinta a óleo
Qualquer superfície pode servir como paleta, desde que seja impermeável e uniforme. É bom que a paleta e o fundo de sua pintura sejam da mesma cor, pois isso facilitará a escolha e a mistura de cores.
Se você estiver utilizando uma superfície de plástico, tome cuidado: este material pode reagir com o solvente.
As paletas clássicas de madeira, com orifício para o polegar, são encontradas em vários formatos e tamanhos. É bom experimentar a que melhor se ajuste a sua mão, a fim de não cansar o braço.
Solventes para tinta a óleo
A tinta a óleo é aplicada pura ou diluída com solvente. O tipo mais comum de solvente consiste numa mistura de óleo de linhaça e terebintina, em partes iguais. Desaconselha-se o uso do aguarrás (um derivado de petróleo), produto que pode reagir com as tintas.
Outros materiais
Você vai precisar ainda de duas vasilhas pequenas para colocar os solventes enquanto estiver pintando. Compre copinhos de metal apropriados, que se encaixam na paleta. Ou use, por exemplo, xícaras velhas.
Para misturar a tinta na paleta, removê-la ou aplicá-la à tela, será necessário uma espátula.
Alguns artistas utilizam carvão para um esboço preliminar. Se você resolver usá-lo, procure não carregar no traço e retire o excesso batendo um pano limpo na tela antes de começar a pintura.
Para evitar que a tela suje, você deve borrifá-la com um fixador especial, não plastificante, em aerosol, antes de dar início ao trabalho. Não esqueça dos trapos de tecido absorvente para a limpeza dos pincéis.
Superfícies para a pintura a óleo
As superfícies tradicionais para pintura a óleo são a tela e a madeira. As telas, em geral feitas de linho, juta ou lona de algodão, apresentam qualidades variadas e têm preços correspondentes. Existem dois tipos de trama: finas, para trabalhos de talhados e retratos; e grossas, para pinturas com tinta mais espessa.
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